Meditando com as Deusas: Os fenômenos de Lourdes e a Grande Mãe

Em 1858, uma jovem camponesa teve uma visão magnífica de um ser iluminado. Naquele 11 de fevereiro, Bernadette Soubirous viu uma mulher em uma gruta, que se apresentou para ela como “A Senhora”.

Para ela, não restava dúvida: a “aparição” era Maria, a Mãe de Jesus. Em tempos mais remotos, Lourdes, na França, foi um local de peregrinação. Fiéis dirigiam-se aquele local para homenagear deidades femininas celtas que protegiam as fontes curativas.Dentre elas, uma das deusas mais cultuadas nos ritos ao Sagrado Feminino: a Deusa Perséfone.

Apesar de sua popularidade, a Deusa Perséfone possui particularidades pouco conhecidas, a exemplo do famoso rapto que a versão grega do mito popularizou. Na verdade, Perséfone jamais foi raptada. Ela foi por livre e espontânea vontade ao mundo avernal, o reino dos mortos, para se reunir ao seu amado morto. Foi iniciada nos mistérios da Criação voluntariamente, por entender ser esta a única forma de ser livre de todas as formas. Seu mito de origem céltica possivelmente inspirou Gerald Gardner na reconstrução do “O Mito da Descida da Deusa” que retrata os mistérios cultuados na Wicca.

Em vários lugares do mundo, a Grande Deusa apareceu manifestada em locais de águas na forma de “Maria”.

Durante dois mil anos, Maria manteve acesa a consciência do Sagrado Feminino nos corações de milhões de mulheres que são mães, filhas, esposas, namoradas, trabalhadoras, religiosas e irmãs. O milagre de Lourdes é também um milagre de transcendência. De reconhecer e reverenciar as coisas sagradas, acima dos nomes, das tradições ou doutrinas espirituais e religiosas. O milagre de se conectar com algo muito além de qualquer rótulo e sentir a paz. Esta é a verdadeira mística de Lourdes: a experiência de um estado de graça sem divisões.

Conectando-se com a Mãe Divina
De acordo com a sua crença, reverencie a Mãe Divina e peça-Lhe a cura dos males físicos, emocionais e espirituais.

Coloque-se em silêncio em um espaço de natureza ou perto de um local sagrado, como um templo ou uma gruta. Sinta o seu coração. Conecte-se a ele.

Respire profundamente e encontre sua paz. Acenda uma vela de cera de abelhas e “mantre” Maaaaa.

Peça profundamente pela cura da Terra, a partir de seu coração. Deixe flores brancas no local em agradecimento por essa oração.

Que haja paz na Terra a partir de cada coração!

Namaste!

Fonte: Faur, Mirella. O Anuário da Grande Deusa: guia prático de rituais para celebrar a Deusa. Ed. Alfabeto: São Paulo, 2016.

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